Sunday, September 30, 2007


Galhofa

Hoje é noite de rir, gargalhar à beira do escárnio
noite de torta na cara
noite de escorregar na casca da banana e cair sentado no chão
Irreverência e gracejos abundantes
Descompromisso com posturas
Com qualquer imagem piegas com cara de preocupação
Joga charme
Balança o corpo e transpira
Mas o faça rindo, livre e solto
Gargalhando
Hoje é noite de rir de rir do presidente
Do professor de matemática
Do padre da paróquia
Do guarda de trânsito
Do anônimo vestido com cores fora-de-moda, andando desengonçado pelo calçadão
Rir do nós mesmos
Rir e relaxar o corpo
Salve a comédia, o besteirol, a fanfarronice
Viva os imprevistos que constrangem
O ruborizar do rosto sem graça
O sorriso amarelo
Queremos é mais
Queremos tudo e mais um pouco
Sejamos nós e nus
Bobos animais indelicados como brucutus
Passionais e divertidos
Até o dia clarear não existe a palavra seriedade
Não existe responsabilidade com horários e leis
Tricotar da vida alheia
Baixinho
Ou em alto e bom som
Dissuadir nossos sentidos com os fatos que não nos pertencem
Como moleques, pivetes e pixotes sem modos
Quiprocós aplaudidos com elquentes casquinadas
Antes de perder as forças
Antes de nascer o dia
Antes das primeiras lágrimas do palhaço começarem a rolar.