Monday, February 26, 2007


Sempre aqui

Mesmo que a neblina esconda a paisagem mais bela ao redor
mesmo que todos pareçam pedras, e a solidão se afeiçoe violenta
ora tardio pranto, ora breve atravessando a madrugada
Não há nada mais a se fazer nesse lugar distante
guarda teus segredos para um coração puro

mesmo que os dias pareçam meses, e os meses pareçam anos
não envelheça por dentro o teu eldorado infantil
procurar e nunca achar
esperar por pérola e receber pedras
sei que machuca a pétala esmiuçada nas mãos do sarcasmo

mesmo que tudo pareça ficar sombrio e sem ar
desvanecem as cores de um sorriso em paz
corta-se a carne que nunca pára de sangrar
como penitência, passos fracos
por entre a neblina que esconde tudo o que é belo

mesmo que o mundo se volte contra a sua alma
e o cansaço pareça roubar seus sonhos
eu nunca deixarei você só
mãos para te guiar, e braços para te carregar quando precisar
Eu nunca deixarei você só...

Sunday, February 25, 2007


A gente vive querendo sentir, e morrendo de medo da mesma coisa
O peito transpassado por tal faca de dois gumes
Moeda de duas faces
labirinto indecifrável
chorar em êxtase
Chorar em dor
Chorar em pureza
se rasga um manto casto como um anjo
espera até o dia ir embora
e tudo escurecer emoldurando a lua
nasce dia
e ainda o labirinto indecifrável...
seria tão bom se fosse fácil
seria tão bom você perto
como uma simples idéia
banho de mar
despertar olhando nos olhos
ver que algumas coisas se recriaram
espero, e guardo palavras para um outro dia
Você sabe quem sou
e o que tenho a dizer...Você

Saturday, February 24, 2007


SAIA DO MEU QUINTAL, FILHO DA PUTA!
HEHEHEHE

GRANDE PAUL, QUE ESSES LICKS E ACORDES ECOEM SEMPRE EM MEUS OUVIDOS, PARA ESPANTAR MEUS DEMÔNIOS E ME FAZER CRER QUE A VIDA É BELA E QUE A JUVENTUDE É UMA QUESTÃO DE ESPÍRITO, DE ALMA, E NÃO DE IDADE...
SALVE, SALVE!!!
:)

HURRY UP, A SEGUNDA DO "GET OUT OF MY YARD"
http://www.youtube.com/watch?v=Z9Sg0v4tZBw

Tuesday, February 20, 2007



Brad Paisley (The World) - Tradução


O Mundo


Para o gerente do banco,
você é apenas mais uma conta corrente.
Para o encanador que veio hoje,
você é apenas mais uma casa.
Para a atendente do aeroporto,
você é apenas mais uma passagem.
No salão de beleza do shopping,
você é apenas mais um corte de cabelo.


Tudo bem, tudo certo
se você não se sente importante querida
tudo que tenho a dizer é que:

Para o mundo você pode ser só mais uma garota,
mas pra mim,querida, você é o mundo!

Para o garçom do restaurante,
você é só mais uma gorjeta.
Para o atendente da sorveteria,
você é apenas mais uma porção.
Quando você não consegue fazer suas reservas,
porque não tem influência,
ou quando não recebe um convite porque alguém te deixou de fora.

Tudo bem, tudo certo
quando você não se sentir importante querida
tudo que tenho a dizer é que:

Para o mundo você pode ser só mais uma garota,
mas pra mim,querida, você é o mundo!

Você acha que é uma de milhões,
mas é uma em um milhão pra mim.
Quando você imagina se é importante querida,
olhe nos meus olhos e diga se não pode ver tudo através de mim.

Tudo bem, tudo certo
quando você não se sentir importante querida
tudo que eu tenho a dizer:

Para o mundo você pode ser só mais uma garota,
mas pra mim,Querida, você é o mundo!


Cool!!!!!!! :)
The World - clip

Friday, February 16, 2007


É carnaval no país!
Mas me diz: Que carnaval?

Pierrot bobo, boboca Pierrot!
Colombina nem percebe
Que causa dor
As horas, ilusões...
No último dia, revelações
Como fel descem-te garganta abaixo
Ouvido a dentro, fazendo chorar
Destila-se para um peito boboca
"- Não te quero mais"
E uma lágrima ousa rolar-te o rosto
Cai no chão de confetes
E evapora ao calor do sol
Da manhã de quarta-feira

Agora...Só ano que vem...
:)

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Esse é o cara e essa é a canção!
Nando Reis - All Star
http://www.youtube.com/watch?v=32VwbULuXzM

Wednesday, February 14, 2007




Burden In My Hand (tradução)
Soundgarden


Composição: Chris Cornell

Me siga pelo desertoSedenta do jeito que está
Tente sorrir e corte a bocaE encha-se de álcool
Porque lá no fundo a verdade repousaSob o leito do rio
Então sacie-se e beba da água
Que corre debaixo da cabeça dele
Ah não, lá vai elaSob o sol, o sol é meu

Eu atirei no meu amor hoje
Quer chorar por mim?
Eu perdi a cabeça de novo
Quer mentir por mim?
Feche os olhos e curve a cabeça
Eu preciso de um pouco de compaixão
Porque o medo é intenso
E o amor é para todosExceto para mim
Então acabe com sua saúde
E acabe com sua vida
Acabe com tudo que você ama
E se você sobreviver
pode cair aos pedaços
E ser assombrada pelo meu fantasma

Eu atirei no meu amor hoje
Quer chorar por mim?
Eu perdi a cabeça de novo
Quer mentir por mim?
Eu a deixei na areia
Apenas um peso em minhas mãos
Eu perdi a cabeça de novo
Quer chorar por mim?

É apenas um peso em minhas mãos,Uma âncora no meu coração,Um tumor no meu cérebro
E eu estou no escuro

Então me siga pelo desertoDesesperada do jeito que está
Onde a lua está grudada a uma foto do céu
E todos os desgraçados tem um Deus

Ah não, lá vai elaSob o sol, o sol é meu

Eu atirei no meu amor hoje
Quer chorar por mim?
Eu perdi a cabeça de novo
Quer mentir por mim?
Eu a deixei na areia
Apenas um peso em minhas mãos
Eu perdi a cabeça de novo
Quer chorar por mim?
Burden in my hand (Ao vivo)

Tuesday, February 13, 2007




Lama ignorante

Eu ligo a tv, vejo o telejornal e penso: "Esse mundo doente não tem mais remédio..." Não fazia muito tempo que uma família tinha sido queimada viva dentro do próprio carro por conta de dinheiro, uma criança morre arrastada no Rio de Janeiro, de forma bizarra e bestial: Nem nos filmes mais thrash de terror a gente vê coisas desse naipe! Não tenho medo do que não vejo, mas sim do que vejo, do que está ao meu redor, da indiferença que deixa os cidadãos de bem anestesiados quanto ao caos reinante, ou o olhar ameaçador de alguém que passa do seu lado na rua, gratuitamente, arrogante. O que vejo com lamento é uma massa de jovens achando bonito "ser malandro", de dez palavras, nove são gírias, palavrões, muita hostilidade, sarcasmo e nenhum cérebro: A cultura da violência está dentro da gente e a gente nem percebe, achamos normal por que todos são assim, é massificado. Se todo mundo ouve funk que faz apologia á violência e idiotices imorais, vou ouvir também, por que é legal e as pessoas gostam: Por mais que tente não ser tão radical quanto á certas coisas, certos atos que vejo por aí, não consigo me livrar da idéia de que a massa é uma manada de porcos que odeiam água limpa, e se sentem mais ambientados na lama, porcos a sorrir, imundos, cobertos com uma lama fétida quase que impossível de se lavar...
Passam três rapazes em bicicletas, xingando alto na rua para que todos ouçam: Violência! Caras dentro de um carro insulfilmado, ouvindo funk a todo volume, passam bem devagar pela orla, o carona olha com cara de bandido para você que apenas está caminhando para o seu destino tranquilamente: Violência! Alguém escorrega e cai, ou sofre algum constrangimento e todos riem, pois ver alguém se dar mal é quase como um "deleite" para um porco: Violência! Enganar alguém, passar alguém para trás e contar para os colegas depois ao som de gargalhadas debochadas; Violência! Olhar para alguém e mesmo sem conhecer a pessoa e pensar: "- Que idiota, cheio de pose, de marra..." Violência! Somos compostos por uma boa dose de medo, insegurança e parece que vivemos tentando suscitar isso no próximo, amedrontar, e os sentimentos menores e mais pobres que a gente tem dentro, acabam vindo á tona, pois são como erva daninha que sufoca o que de bom a gente tem pra dar: O que você tem para dar?
Ás vezes penso como teria sido bom ter nascido na década de 50, os anos dourados, o Rio antigo: Meu Rio, aonde nasci e que hoje sangra e chora, mesmo cheio de natural beleza.
Por que tenho que ser igual a você? Não, não tenho que ser, não temos que ser medíocres mesmo que o mainstream de comportamento da nossa sociedade queira isso, principalmente pra você que é jovem. Olho ao redor e todos tem muito pouco a dar, por que são pouco por dentro, por que têm medo de serem pessoas legais e educadas: Medo? Sim, medo, é frágil ser bom, ser legal e olhar as pessoas com olhos mais amenos, o risco de se machucar é maior, podem achar que você é bobo ou ingênuo e querer te passar pra trás, "tirar com a sua cara...” É essa mentalidade que vigora. Se ser como sou e pensar como penso é ser careta, eu vou sempre ser careta por que a partir do momento em que me acostumar com a indiferença do povo, a complacência com aquilo que é ruin e degradante, com aquilo que mata, com o ódio, como quem acaricia uma besta selvagem achando que é seu animalzinho de estimação, estarei perdendo meus sonhos, sonhos que por mais que pareçam impossíveis, são o que me mantém vivo e me fazem uma pessoa melhor.
A juventude se mostra apática, facilmente manipulável, rotulável, consumindo porcarias, lavagens, perdendo a valiosa oportunidade de abrirem a cabeça e cortarem o cabresto: Ah Drummond, Ah João Cabral, Ah Vinícius, poetinha, Tom, Os responsáveis pela alegria do mundo, por todo o mundo: Quisera tê-los ainda hoje entre nós, entre nosso caos, e que estivessem no horário nobre, nos programas de domingo, nas rádios...Quisera...Quisera viver um movimento cultural consistente que varresse a cabaça da gente assim como a Beatlemania, ou uma causa nobre para se lutar e engrandecer a alma revestida por uma ideologia: No regime militar ao menos os jovens eram unidos, politizados, fortes. O que vejo ao redor é muita energia desperdiçada, jogada no lixo, sendo que é na juventude que se muda, que se cria, se recria, re inventa novas cores, cores que poderiam ser de paz, de cordialidade, uma cultura da paz, que há algum tempo criaram uma que é muito bonita no papel, mas que ninguém vê...
Eu sou eu, não dou força para aquilo que creio ser estéril ou negativo. Rezo para que a nossa sociedade acorde e tome medidas sérias para mudar sua cabeça, seus valores, suas posturas e de seus filhos também, por que foram jovens que mataram uma criança no Rio de janeiro da forma mais grotesca que já vi nessa minha vida...
Há alguns anos atrás, mais precisamente dentro de longas tardes de inverno, éramos quem? Crianças, éramos ônibus para a escola sonolentos a olhar para as ruas dos bairros, ia cortando a cidade o familiar "taboão", que saia do nosso bairro em direção a quase o outro lado da cidade: Nossa escola era nosso dia a dia e nossos amigos eram a família ideal, a família que escolhemos. Os mais novos tinham os mais velhos como ídolos, e adorávamos dizer que éramos seus colegas, que fomos ao estádio domingo ver o jogo na arena, e os tínhamos visto por lá, era bom ver os caras e pensar: "Porra, o cara tem estilo, ou atitude...” A incontinência juvenil, matar aula para jogar carta atrás da torre da caixa d'água da escola, era muito bom, e ao mesmo tempo muito pouco. O mundo tinha mudado de cor e as coisas não eram mais tão leves como na infância, como desejávamos aquelas meninas que eram o sonho de consumo de todos, mas ninguém tinha chance, a noite chamava, mas como aceitar o convite se poucos tinham os almejados e orgulhosos "dezoito anos?” Ah, como queríamos ter dezoito anos, o tempo parecia caminhar mais devagar que uma tartaruga alcoolizada e sem vontade de chegar, mas isso nem era motivo de tanta preocupação: Tínhamos o futebol na cobertura, ora na rua ao lado do prédio do Guto, tínhamos as saídas para a pizzaria, ou as idas no parque, para passar a tarde toda em brinquedos proporcionadores de vertigem e ânsia de vômito, tínhamos as canções, tínhamos o videogame, tínhamos muita energia e uma imensa vontade de viver tudo o que era inédito ou politicamente incorreto até ali, de fazer o que ninguém mandava ser feito. Éramos crianças e mesmo que não se percebesse, aquilo tudo era belo e era único e daria muita saudade quando acabasse. Os amigos, hoje longe, mas nunca esquecidos, amigos de uma vida inteira, me fazem recordar em cores intensas aqueles anos, o bairro, os lugares...A gente nem sabia o que era dor ainda, e as palavras nos faltavam: Só restava sentir e viver, ora reclamando, ora rindo com as loucuras que falávamos.
No rádio a turma de Seattle dava o tom, a trilha sonora por trás daquilo tudo.Muita coisa não se entendia, como se a alma ainda não refletisse o que eles cantavam, por que ninguém tinha se apaixonado, ou sei lá, trabalhado e sentido o peso do mundo nas costas, mas era bom cantar, ter os discos e ir na casa um do outro para gravar em cassete os discos que ainda não fazia parte da coleção.
A 96 rádio rock tocava as bandas do grunge quase que o dia inteiro, e isso tudo ficou em mim, na memória e no que sinto. Eu acho que de alguma forma sempre vou ser aquele moleque que fui, ou que sou.
Guto, magraão, Fábio, Emerson e mais todo mundo que é irmão: Saudade, em breve estaremos juntos! Sooner or later, hehe...

Wednesday, February 07, 2007


Em algum mundinho cheio de beleza e sedento pelo novo, coisas maiores guardadas em um breve futuro, são antecedidas por suas maquetes, com todas as pedrinhas preciosas, e adornos, contornos e detalhes, tudo em miniatura,mas com a mesma encantadora essência de sempre...


CAROL PARA O DIÁRIO
No alto desses meus 17 anos eu só queria tornar as coisas mais fáceis do que estão sendo.È tanta prova e coisas pra ler, e sorrisos para dar que minha cabeça está cheia e pesada por conta disso: Se ao menos eu conseguisse me sentir parte integrante de um grupo, mas não consigo dançar a dança e nem jogar o jogo que todo mundo dança e joga. As meninas lá da sala são todas bobas, pra elas não há nada mais importante do que a tintura para cabelo que irão usar no fim de semana, os gatinhos que são entrevistados pela Capricho ou o próximo cd da Pink, ou da Spears: Por falar em pink, o mundo não me é cor-de-rosa como parece ser para elas, que vivem rindo e se preocupando demais com aquilo que se vê ou o que se pensa ser: Eu quero olhar o que há dentro, nas entrelinhas, a semente e a explicação que vem dos segredos, discutir sobre as estrelas cadentes, algum mantra dos deuses, segredos cabalísticos, escondidos nas entrelinhas, entende? Eu não estou nem aí pra dinheiro ou competição, apenas uma amiga fiel ou até um namorado legal, sabe como? Um cara que gostasse de mim como eu sou e fosse seguro, uma pessoa agradável e inteligente a quem eu poderia perguntar "- Estou bem com essa blusa?", e ele diria algo doce ou coerente ao menos. Se lembra do Zé Dudu? Então, acho que já te contei dele aqui, pois então, eu acho ele super legal, ele fala com todo mundo, tira boas notas, é super tranquilo, sabe como? Parece que não quer fazer tipo pra ninguém, é leve e age com naturalidade...Isso me chama muito a atenção, mas acho que ele jamais olharia pra mim com um olhar diferente do que: "Oi Carol, tudo bem...". Ai ai, eu odeio ser assim, deveria ser fútil e fácil, rir de tudo e falar trocentas besteirinhas...Acho que os meninos gostam é disso...
Cansei de falar com você hoje. Tá tarde, vou dormir que amanhã ainda é quinta-feira e a primeira aula é física (nãããoooo) hehe..



ZÉ DUDU PARA O AMIGO
-Fala meu grande, tranquilo cara?
-Fala Zezão, como vai essa força?
-Tudo mais ou menos como sempre cara, indo à meia-bomba,hehehe...
-Rsrs, pode crer, sei como é, chatice pura.
-É camarada, mas acho que a vida nunca esteve tão chata.
-Por que Dudu? Tá encucado com alguma coisa brother?
-Não com alguma coisa especificamente, mas com a vida em geral cara
-Xiiiiiii, homem não tem tpm não cara, só mulher hein, heheheh
-Putz, rs, mas sério cara
-Ok, fala o que é bicho
-Estou achando a galera chata, não é mais legal estar com eles como antes, só é legal trocar uma idéia contigo, entende? Os outros continuam com os mesmos papos de sempre, pura bobeira. Não sei se me entende cara, mas sinto falta de falar de coisas mais sérias, mais conteúdo, sei lá
-Hiiiii, sério cara? Que paranóia!
-É meu irmão. Sinto falta de namorar uma menina legal. Essa coisa de ficar com uma a cada festa, a cada balada tá me enchendo um pouco.Eu queria ter uma mina que gostasse de mim como eu sou e fosse segura, uma mina agradável e inteligente, com quem eu poderia falar de cinema, ou quem sabe perguntar tipo: "Estou bem com essa roupa, fiquei legal?", entende brother?
-Entendo bicho, também sinto umas coisas assim ás vezes. Mas diz, sei lá, tem alguma mina que você acha legal?
-Po, tem a Carol lá da sala, sabe quem é?
-Sei sim. Ela té que é bonitinha, mas acho ela meio nerd, meio quietona demais: Só vejo ela andando com aquela outra amiga dela, da turma B, hehe
-É cara, mas é justamente isso que me chama a atenção. Ela parece ser mais cabeça, parece ser tranquila. Sempre falo com ela, e ela sempre responde com um ar meio tímido, rsrs, acho mó gracinha isso nela
-Xiiii, tá xonado pela nerd? hahahahahaha. Quem diria hein seu Dudu!!! Quem te viu e quem te vê...