Tuesday, June 24, 2008


Amigos que se amam, se abraçam e dizem: “Segura minha mão e caminha ao meu lado...”
Sentem falta da presença, dão risada sozinhos quando lembram de algo divertido que o outro falou. Se sentem ligados, mesmo que separados por alguns kilômetros, indelével se torna a lembrança e o coração se aquece quando em silêncio oram uns pelos outros. Amigos são como irmãos, e querem sempre mais, pois corações verdadeiros não se cansam de bater, crescem ao dar mais, além das expectativas, vão além do previsível!
Nascemos, crescemos e quanto mais aprendemos, mais a vida se revela com suas belezas e suas dores: E por quase que um instinto natural, quando feridos ou decepcionados, fechamos o coração, fechamos o rosto e nos recolhemos em nossa sensação de proteção: Quanto menos sorrir, quanto menos mostrar quem sou, mais seguro vou estar...
Valores invertidos reforçam atos que ferem, atos que blindam o coração, atos que isolam e apagam belas cores que temos dentro. Me lembro de um “hit” pop dos anos 80: “True colors” da Cindy lauper, que diz no refrão:” Mas eu vejo suas cores verdadeiras, brilhando através de você, eu vejo suas cores verdadeiras, e é por isso que eu te amo, então não tenha medo de mostrar suas cores verdadeiras: Cores verdadeiras são lindas como um arco-íris...”
Entendo essas “cores verdadeiras” como o melhor que a gente tem, os melhores sentimentos, as melhores sensações, os melhores atos e os temores...Sim, os medos, a fragilidade nos torna humanos ao invés de máquinas. Quando se consegue enxergar quem somos, essas cores verdadeiras cativam, brilham e são admiradas, contempladas pelos amigos, por quem pára e tira um momento para observar: É o que apaixona um casal, apaixona os amigos, apaixona mães e filhos, pais e filhos.
Na teoria tudo é mais fácil, mas vale a pena tentar se revelar um pouco a quem nos transmite confiança, tentar enxergar o outro com mais tolerância, observar os pontos positivos e características de valor que se destacam.
O coração ferido, os cortes na alma podem esconder do mundo quem você é de fato, ocultar seus sonhos mais juvenis, mais sinceros, mas a opção da alegria, da verdade está com cada pessoa: Vale a pena tentar ser mais humano, acertar sem presunção, errar sem o peso de uma cobrança implacável. É um exercício que se pode começar agora, a partir dos parentes mais próximos, a partir de nós mesmos.

Que Deus nos ajude a transparecer nossa verdade e abrir os braços em um gesto de compreensão e generosidade., principalmente com aqueles que nos respeitam e querem bem. Tente!


Davi de Araújo