Thursday, June 28, 2007


Quadris

Quadris estreitos, quadris largos, abrem o apetite, dançam em curvas e parábolas sem disciplina, incontinentes a revovler uma culpa pecaminosa ou tenras rendições ás paixões mais furiosas. Se perdem num horizonte de tesouros, dramas e aroma de terra molhada; Telúrico delírio, incoontinente fascínio, enrijecendo a pele e relaxando os músculos, brindando um breve momento de eternidade. Quadris que desdenham e cogitam, cheios de razões e sentidos, se excitam sob a luz da lua, sobre lençóis macios; Tão próximos das pernas para andar, do ventre para gerar, se calam na solidão de um corpo só, esperam que sopros de inspiração lhes tragam outros mais, nus e livres, que igualmente seguem num suplício sedento, brincando com os sentidos e os olhares atentos, simplesmente vivos. Quadris estreitos, quadris largos, como braços de rios inesgotáveis, em busca de uma foz, em busca de mais; Ora estranhos, recônditos segredos mantidos em silêncio para que no tempo certo sejam revelados, satisfazendo-se em doces loucuras, sem o menor pudor de nada. Ora apenas sendo o que se é, comuns; Podem tudo e quem é que dirá algo contra? Não se diz nada contra o que se ama. Despidos de toda regra, podendo ser o que quiserem ser, sincero prazer ou intocável paraíso, amados em curvas e parábolas, seguem para sempre mais, e graças a eles por isso...